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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Desequilíbrio no amor: é possível amar na mesma medida?


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O desequilíbrio no amor com certeza causa atritos em um relacionamento e amar de maneira desigual nunca é bom. Quantas vezes uma pessoa se apaixona? Quantas vezes uma pessoa ama de verdade durante sua vida inteira? Duas ou três vezes no máximo! Tenho convicção de que ninguém ama de verdade mais do que isso. É comum encontrar pessoas que afirmam amar até três vezes durante um ano! Isso mesmo, no período de um ano! Seria verdade? Será que o amor tornou-se tão banal a ponto de acontecer com a mesma frequência dos verões ou primaveras? Mais ainda, será que as pessoas amam da mesma maneira? Ou um ama mais que o outro? Sempre existe equilíbrio no amor?

O desequilíbrio no amor a balança do amor
Desequilíbrio no amor: é possível amar na mesma medida? | Gostou da imagem? Então clique sobre ela e publique noSiga-me no Pinterest

Como lidar com o desequilíbrio no amor?

Os amores de verdade são raros. Durante sua existência neste planeta, provavelmente viveremos um ou dois amores verdadeiros, portanto, todos nós passaremos por pelo menos uma desilusão amorosa. Nisso, somos todos iguais!

Esta é uma história sobre o amor, ou pelo menos dois amores que passaram pela minha vida até agora. Uma história real romanceada ao meu bel prazer com a intenção de ilustrar um dos sentimentos mais dolorosos que o ser humano poder experimentar, a agonia da perda de algo que do seu ponto de vista era infinito, imutável e transcendente, o AMOR. E todos sabem que esquecer um amor não correspondido é muito complicado!

Compartilharei aqui com vocês um pouco sobre minhas experiências com esse sentimento tão complicado e o porquê do fim em dois casos. Na primeira vez o erro foi inteiramente meu devido a minha ingenuidade e imaturidade. Na segunda, fui “punido” por amar demais. Histórias distintas em épocas distintas, mas que têm algo bastante triste em comum, a dor da perda de alguém tão especial.

Na primeira vez, ainda era adolescente com a vida toda pela frente, esperançoso com o futuro promissor que se mostrava diante de mim e nada poderia dar errado. Que jovem não pensa assim? Comigo não foi diferente. Eu esperava muito da vida e ela acabou me dando quase tudo que eu queria, porém pedindo sempre algo em troca. No amor normalmente é assim!

Na segunda experiência já bem mais maduro, cai na armadilha do amor não correspondido armada por mim mesmo. Armadilha essa que poderia talvez ter sido evitada se não tivesse amado demais. É isso acontece quando amamos demais ao ponto de nos tornarmos dependentes e não pensarmos em mais nada além do objeto do amor. Muitas vezes montamos nossa própria forca e é muito difícil de evitá-la quanto amamos demais.

Uma coisa que aprendi durante minhas experiência é que em um relacionamento, o amor quase nunca é medido em doses iguais. Infelizmente há um desequilíbrio e um sempre ama mais do que o outro com raríssimas exceções. Geralmente o que ama mais é o que vai sofrer mais se o relacionamento terminar, isso é 100% garantido e inevitável.

Desequilíbrio no amor: o primeiro amor


Na primeira história de amor eu ainda era adolescente e tudo parecia ingênuo e maravilhoso pelo menos para mim. Neste caso, tinha o ponto de vista daquele que está perdendo na balança do amor, ou seja, ela amava mais do que eu. Não que eu não a amasse, longe disso eu a amava de verdade, mas muitas vezes o amor tem significados diferentes para cada pessoa. Para mim esse primeiro amor era a descoberta do sexo e de um primeiro relacionamento duradouro para marcar o final da adolescência e o começo da vida adulta. Para ela o sentimento era o reflexo de sua existência, eu era o complemento para tudo em sua vida, sua cartas de amor eram as mais lindas enquanto para mim tudo era mais simples a ponto de não perceber o que eu fazia de errado. Na verdade para ela o amor vinha acompanhado pelo sofrimento provocado por mim com a minha falta de sensibilidade e tato para lidar com esse sentimento. Cometi erros sim, admito isso, mesmo que sem perceber a fiz sofrer ao mesmo tempo que ela me amava. Ninguém consegue conciliar sofrimento e amor por muito tempo e finalmente ela eliminou o sofrimento dando fim ao amor. Minha culpa, minha máxima culpa! Depois de perceber o erro, sofri copiosamente, sofri por anos sentindo culpa por provocar a dor a quem eu tanto amava e por perdê-la. Ela seguiu com a vida, enquanto eu vivi um dos piores anos após o fim do relacionamento. Ela logo encontrou alguém que a valorizasse de verdade e eu me senti no vácuo, o vazio da falta de amor por muito tempo. Talvez essa tenha sido a punição por não amar tanto quanto ela e ser insensível ao amor oferecido por ela. Faz parte, vivendo e aprendendo!

Desequilíbrio no amor: o segundo amor


Muitos anos depois eu viveria o outro lado da moeda. Desta vez eu é que estava em desvantagem na balança do amor. Será que a vida conduziu-me a um castigo por meu erros do passado? Ou estamos ao acaso sendo levados por uma brisa suave e sem destino. Pode ser que seja ambos, não tenho como saber (acho que já ouvi essa frase no Forrest Gump)!

Forrest Gump e a pena
Desequilíbrio no amor: Forrest Gump e sua famosa pena.

Desta segunda vez que encontrei o amor, o destino quis que estivéssemos ambos no final de um relacionamento de anos e por mais ironia ainda, assim que finalmente estávamos livres, tive que me mudar para a Europa pois havia conseguido uma bolsa de estudos na Suíça. Mesmo que quiséssemos não haveria como ficarmos juntos. Nós não namorávamos, não houve tempo para isso, estávamos nos conhecendo, aquela fase mais gostosa de início de relacionamento e antes da minha viagem só tivemos tempo para uma tarde de sexo amor que, com certeza, foi uma das mais espetaculares de todas as minhas experiências. Foi uma tarde muito louca que aconteceu naturalmente, não havia nada marcado, nenhum dos dois imaginava o que aconteceria e por isso foi o máximo. Eu imaginava que seria uma despedida boba à véspera da viagem, bate-papo, uns beijinhos e tal nada de mais, mas acabou rolando uma transa maravilhosa no local de trabalho dela mesmo! O SHD tem umas histórias boas para contar, mas os detalhes eu guardo para mim! Mal sabia eu que esta seria a última lembrança dela.

É curioso como a vida nos leva a seguir por caminhos estranhos! Provavelmente teria sido o início perfeito se eu não tivesse que viajar! Às vezes fazemos escolhas ruins ou somos levados a fazer escolhas ruins pelo destino e geralmente sequer conseguimos falar sobre o assunto. Mantemos segredo de coisas assim e muitas vezes é complicado se abrir. Acho que todos sabem como é? Em um relacionamento, sempre tento fazer o menos errado possível segundo os meus instintos e sob o meu ponto de vista, mas muitas vezes nossas escolhas não são as melhores. O que fazer em relação a isso? Acho que a única resposta é continuar tentando, pensando sempre em errar o menos possível! Não há outra maneira e no final nos tornamos o conjunto dos nossos erros e acertos, não existe escapatória. Com este último amor foi assim e voltará a ser assim nos próximos.

Durante a minha estadia na Europa eu vivi um amor solitário, porém forte. Mesmo a distância ela era muito presente no meu dia a dia, a gente se falava direto pelo MSN, Skype e etc. Estávamos muito carentes de amor e fazíamos companhia um para outro, tentando preencher os espaços que sempre faltaram nos relacionamentos anteriores. Era meio estranho mas ambos estávamos felizes!

Até aí tudo bem. O problema é que relacionamentos à distância têm tudo para dar errado. Não acredito em relacionamentos assim, acho que é complicado de administrar, um dos dois acaba se sentindo solitário e os deslizes acontecem mesmo, isso é normal. Não sei se foi isso que aconteceu com ela, mas de um dia para o outro tudo mudou. Você no lugar de alguém muito apaixonado o que faria? Como qualquer um nesta posição você tenta entender, pressiona, fica em cima tentando retomar a rotina amorosa e no final só piora as coisas. Claro que a solução não vai aparecer, ficar em cima muitas vezes só piora mesmo e olha que tínhamos uma viagem marcada de cinco dias para Paris para passar o Reveillon. Imaginem só, uma viagem já com tudo agendado para Paris no Reveillon, que mulher não gostaria de ser pedida em namoro na Catedral de Notre Dame? Pois é, isso estava nos nossos planos e tudo foi por água abaixo! Aparentemente ela não estava certa e acabou dando para trás. Normal, ninguém é obrigado a amar ninguém, não além do que pode, o problema é que o abandonado acaba nunca entendendo isso e o sofrimento é inevitável. Eu sofri também claro, como se tivesse perdido o chão abaixo de mim, mas sabe como é Escorpião, nada que um outro rabo se saia não resolvesse (mas essa é uma outras história). Para entender um pouco mais sobre este sígno tão forte, leia a matéria O escorpião e o sexo.

Ingrid Bergman e Humphrey Bogart em Casablanca
Desequilíbrio no amor: Ingrid Bergman e Humphrey Bogart em Casablanca (1942), eles sempre terão Paris.

Neste momento, entro no ponto chave deste texto: quando há um desequilíbrio na balança do amor, o que ama mais sempre ficará em desvantagem, sempre mesmo. Ele vai fazer de tudo para agradar, se esforçará em ficar 24 horas com o objeto do desejo ao ponto de achar que tudo que for feito com ele ou ela é completamente maravilhoso. Pode até ser que alguns momentos sejam especiais para ambos, mas com o tempo o que ama menos acaba se sentindo sufocado com “tanto amor” e se por um acaso eles terminarem, quem está na desvantagem sofrerá mais. A pessoa que foi abandonada se sente perdida, sem ter um rumo ou referência, é uma agonia tremenda! Acreditem em mim, isso acontece com frequência, já vivi os dois lados da moeda! Portanto, deixo aqui um recado para àqueles que estão amando demais por ai. Não façam do amado ou amada o sentido de suas vidas, nunca esqueçam os bons e velhos amigos. Por exemplo: lembra-se de como aquele chopp com a galera é legal? Então nunca deixe de fazê-lo e claro, não leve o namorado ou namorada junto! Faça daquele um momento seu, nada de romance por perto. De vez em quanto afastem-se um pouco, deixe ele ou ela sentirem saudades, isso tudo é muito saudável para qualquer relação. Não há ninguém que não sinta saudade de quem é atencioso e realmente gosta de você, mesmo que essa pessoa seja extremamente insensível, a saudade sempre bate.

Este texto contém alguns conselhos para àqueles que por um acaso estão passando ou vão passar por isso algum dia. Espero que ajude! E quanto aos leitores e leitoras do blog, já amaram demais? Já amaram de menos? De qual lado da balança vocês já estiveram? Sempre existe um desequilíbrio no amor? Ou é possível amar na mesma medida? Aguardo o seu comentário, beijos e abraços do +Sexy Help Desk..

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Comentários
19 Comentários

19 comentários:

  1. Sim, já passei por isso, inclusive com o fator distância e concordo com você.
    Ótimo post!
    Beijos!

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  2. Não tenho que tirar nem por no seu post (desculpe o trocadilho, não foi intencional rs).
    Mas é a mais pura verdade o que disse, e realmente não amamos todos os anos, eu pelo menos tive algumas decepções e poucos amores.
    E o fato é: tentar sempre e ver se a gente não erra nos próximos e a vida vai indo.
    Conte mais casos, gostei muito desse post.
    Beijos Tempestuosos!

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  3. Parabéns pelo post, é otimo!!
    Adorei demais.
    Tb já passei por isso.
    Bjs

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  4. Cara, esse post veio numa hora mto boa! Distancia é foda mesmo, ainda mais quando se está na faculdade...

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  5. Muito bom o texto! Me identifiquei..rs

    Parabéns :*

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  6. Vai saber. Mas admito que algumas pessoas são totalmente inconstantes quando o assunto é amor. A questão da distância é também um fator bem complicado.

    Abraços,

    Enfil

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  7. Puxa... me reconheci muito em sua história, principalmente por estar vivenciando isso agora (e também ser de Escorpião eheheh). No caso, estou na condição de ter amado demais, me entregado demais, e então ela terminou. Realmente, é apenas com a experiência que vamos adquirindo condições de ainda errar, mas errar menos. A dor é indescritível para quem não a passou, mas é incrível como podemos aprender muito com tudo isso.
    Antes de mais delongas, só reiterar que assino embaixo quanto à questão de as pessoas "amarem" tão frequentemente. Está mesmo banalizando-se o "eu te amo".
    Thanks pelos posts, tem me ajudado bastante nessa fase.

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  8. Essa história de amor é sempre complicado. Não existe uma fórmula ou uma balança onde vc possa ficar calculando o quando vai dar ou receber quando realmente gosta. O negócio é não abrir mão da individualidade e amar a si mesmo em primeiro lugar... E mesmo assim vai se decepcionar inúmeras vezes. Eu já me amei demais, e amei de menos... e ainda quero amar mais, o importante é não perder a esperança... excelente post :)

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  9. Não conhecia o teu blog e me deparo com um texto super interessante desses. Parabéns pelo post... e acho que todos já tiveram isso uma vez na vida ;)

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  10. é cara, vc disse tudo! também já vivi os 2 lados da moeda, já vivi muito nesta vida e tenho certeza que milhares de pessoas já passaram tbm pelo que passamos. isso se chama VIDA, não tem como fugirmos das decepções. mas tenha certeza de uma coisa, um dia olharemos para trás e veremos que tudo, eu disse TUDO o que vivemos valeu a pena! porque, como diz o velho ditado, "decepção não mata, ensina a viver" e com certeza os erros cometidos no passado não se repetirão nos relacionamentos futuros.
    parabéns pelo post

    everton-dutra@hotmail.com

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  11. Meu querido,
    Eu estou vivendo isso atualmente!
    Ele ama demais, e por vezes sufoca.
    Tem estado melhor um pouco depois de conversas, mas é sempre muito doloroso, pois um dia eu já estive também do outro lado.
    Beijos!

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  12. NOssa, muito bom. Hoje mesmo estava refletindo sobre os dois lados da moeda...Um dia sofremos pq alguém terminou,outras vezes sofremos pq nós terminamos...Eu tenho esse questionamento sobre o amor...Será q vou amar novamente?

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  13. Como já disse... amor é sonho... paixão sim é de verdade, porque a gente sente na carne... quando acaba e ainda estamos ao lado da pessoa, fica aquele vazio e começamos a procurar em cada esquina o que se perdeu...
    Bjs
    Está linkado lá no blog!

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  14. @Todos...

    Obrigado a todos que comentaram, RT e linkaram!!! Bjos especiais do SHD!!

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  15. Concordo que a distância seja algo ruim, mas acho que muitas pessoas se apoiam nisso como em uma muleta pra não tentar, por medo de não dar certo.
    Conheço váriosss casos de namoros bem sucedidos a distância; eu mesma durante um ano e meio, mesmo com as complicações da distância, fui muito feliz!
    Concordo com as dificuldades, mas eh td relativo a quanto você ama a pessoa, quer q dê certo e é uma pessoa forte.
    Algumas pessoas são vitimas de si mesmas, são mais fracas que si mesmas, e então realmente não dá certo.
    Quanto as suas histórias, também vivi os dois lados; mas, do fundo do meu coração, ainda prefiro me ver sofrendo do que fazer sofrer quem dedica um sentimento tão puro por mim.
    Tô surpresa em ver que o SHD já teve tanto sentimento, rs ...
    Afinal, to acostumada a ver vc nos presenteando somente com as dicas quentíssimas ou bem humoradas sobre sexo.
    Feliz ano novo, e parabéns!!!
    Seu blog tá cada dia melhor, e tenho ctz q continuará sendo sucesso em 2010!
    Beijo carinhoso... Thay.

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    Respostas
    1. Olha só, temos bastante coisas em comum hein Thay... Bem legal isso!! Tb já namorei a distância por dois anos e vc tem razão mesmo... E o SHD tem sentimentos sim.. hehehe.. de vez em qd tem sim!! Hehehe.. Obrigado pelo carinho querida!!! Bjo especial do SHD...

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  16. Simplesmente intenso!

    E universal.

    Parabéns! Beijos

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